quarta-feira, 30 de julho de 2008

Uma casinha branca
E um retrato antigo
Na mesa a janta
E o meu amor comigo
Arrumar a cama
Visitar o amigo
Deitar na grama
E o meu amor comigo
Já fiz doce de banana
E um bolo de trigo
No varal o pijama
E o meu amor comigo
Eu não sei se isso existe
mas pensar que não é castigo
Prometa estar sempre comigo
e eu prometo não te fazer triste.
Tarde!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Diálogo (ou Consolação)

- Não fique assim não
Que a dor é do amor a graça
O tempo dará sua opinião
E a tristeza um dia passa

- Se ao final de um grande amor
Se sofre e chora bastante
Tenho pra mim, meu amigo
Que vivi um amor gigante...

(e depois voltaram a caminhar)

terça-feira, 15 de julho de 2008


"Silêncio, por favor
Enquanto esqueço
um pouco a dor
do peito...
Não diga nada
sobre meus
defeitos
Eu não me lembro
mais, quem me
deixou assim
Hoje eu quero apenas
uma pausa de mil
compassos..."

segunda-feira, 14 de julho de 2008




Chove muito na minha rua
Uma chuva que não vem do céu
Nem vem de cima, nem cai ao léu
Não molha o chão e nem a lua
E quando acontece de anoitecer,
quando paira o silêncio e o breu
Saberás, se por acaso chover
que o que cai é pranto meu.


Hoje bateu uma brisa triste,
e eu tive, então, a certeza:
A tristeza em mim existe


Noite...
Intercede, meu bom Jesus
Pois meu amor foi-se embora
Nunca precisei de tanta luz
Meu Jesus, eu preciso agora
Peço em forma de oração
Todo dia em que eu viver
Tenha de mim compaixão
E não deixa ele sofrer
Porque ninguém merece
Padecer por ninguém
Peço o amor em prece
Peço luz, amém.

segunda-feira, 7 de julho de 2008




O que há de chato em ser poeta,
é aproveitar-se da insônia
para cumprir a sua meta.
Não havia o ódio
Nem mais o que ser feito
Transformou-se em tédio
o amor que já era estreito
Deixamos de ser "nós"
Cada um foi pro seu lar
Agora, estamos a sós
mas não no mesmo lugar.
Vou esperar que um passarinho
venha um dia me contar
Por onde anda você
e como você está.
(O Poema da Despedida)