sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Amor Bastante
quando eu vi você
tive uma idéia brilhante
foi como se eu olhasse
de dentro de um diamante
e meu olho ganhasse
mil faces num só instante
basta um instante
e você tem amor bastante
um bom poema leva anos
cinco jogando bola,
mais cinco estudando sânscrito,
seis carregando pedra,
nove namorando a vizinha,
sete levando porrada,
quatro andando sozinho,
três mudando de cidade,
dez trocando de assunto,
uma eternidade, eu e você,
caminhando junto
(P. Leminski)
tive uma idéia brilhante
foi como se eu olhasse
de dentro de um diamante
e meu olho ganhasse
mil faces num só instante
basta um instante
e você tem amor bastante
um bom poema leva anos
cinco jogando bola,
mais cinco estudando sânscrito,
seis carregando pedra,
nove namorando a vizinha,
sete levando porrada,
quatro andando sozinho,
três mudando de cidade,
dez trocando de assunto,
uma eternidade, eu e você,
caminhando junto
(P. Leminski)
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
O que eu quero ser
É tudo o que eu quero
Tudo e nada mais
Eu quero ser o Moraes
Vinícius de amores
Sinceros demais
A pensar eu fico
Ouço tantas canções
Eu quero ser o Chico
Ou a Nara e seus Leões
Quero ser a Elis
Regina e querida
Cantando com o Tom
Feliz da vida
Quero ser o drummond
Durante as tardes
Quero ser o Quintana
E o Mário de Andrade
Quero linhas simples
Curtas e certeiras
Quero ser o Leminski
E o Manuel Bandeira
E a Clarice Lispector
E a Cecília Meireles
Quero todos por perto
Quero ser todos eles
Ah, Eu quero tanto
Eu quero tanto isto:
Olhar os lírios do campo
Que viu o Érico Veríssimo
Tais e quais
O que eu quero ser
É tudo o que eu quero
Tudo e nada mais.Lua
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Rua dos desesperados
Amanhã é sim outro dia
Mas é numa dessas noites
(Dessas noites vazias
Onde o amanhã nada vale)
Jamais amanheceria...
Durante estas longas horas
que passam, propositalmente
e cruelmente devagar
Eu comparo a minha mente
Àquela rua sem placa
Sem postes iluminados
Sem o som dos sapatos
Sem alma pra assombrar:
Rua dos desesperados.
Mas é numa dessas noites
(Dessas noites vazias
Onde o amanhã nada vale)
Jamais amanheceria...
Durante estas longas horas
que passam, propositalmente
e cruelmente devagar
Eu comparo a minha mente
Àquela rua sem placa
Sem postes iluminados
Sem o som dos sapatos
Sem alma pra assombrar:
Rua dos desesperados.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
As Flores regadas de amor
Quatro pés descalços no chão
Folhas dançam ao vento, ao invés
De grito, a canção
Com alguns anos, mais alguns pés
Virão pra brincar, mais outros virão
Serão mais roupas no varal
de Maria, Sofia e João
A manhã cheira a café e pão
E a tarde me lembra o aniz
À noite tudo descansa no sofá
Mais um dia feliz
O sol nasceu no mar
Como nascem lírios no chão
Crescem os pés, as mãos, os filhos
Já não cabem no mesmo colchão
Como é linda a vida, e bela
O fim: o único mal
Tudo isso eu vi passar nela,
Na janela do meu quintal.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
domingo, 11 de janeiro de 2009
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