Um amor que tive
me deixou assim
como quem não vive
e levou de mim
uns bons resquícios:
um sorriso que eu tinha
a minha paz, inteirinha
e pior
um disco do Vinícius.
lua
(repostagem de 23/06/09)
sábado, 25 de setembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
Dignidade, tomate e cenoura
Mamão, amor e carinho
Conversa, pimenta e cebola
Sal, saúde e cominho
Simpatia, enche a sacola
Abacate e melão na balança
Ternura, pitanga, e acerola
"Leve maçã pra sua criança"
Obrigada, fique com Deus
Tarde, chuva derradeira
Guarda, limpa, e adeus
Cansaço de fim de feira.
lua
(repostagem de 14 de março de 2009)
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
um poema para Albinha, um poeminha
o que eu passo
é um desassossego.
me empurra no muro esquerdo
me puxa pelo braço
me espreme, me estica
arranhou o meu dedo
meu dedinho da mão
que saiu a tripa
sei lá por qual razão
por ela eu faço
das tripas coração
e abraço.
lua
é um desassossego.
me empurra no muro esquerdo
me puxa pelo braço
me espreme, me estica
arranhou o meu dedo
meu dedinho da mão
que saiu a tripa
sei lá por qual razão
por ela eu faço
das tripas coração
e abraço.
lua
sexta-feira, 30 de julho de 2010
estar no céu
ela agora está no céu
conhece precocemente o céu
parece que encontrou com Deus
privilegiadamente
ela quer ser um encanto
de gente, vestir-se de branco
decente e cheia de véus
e despir-se
ela encontra-se em desatino
fala em ganhar um menino
estala os dedos seus
e aí está
ela está no céu
conheceu o céu
antes da vida
acabar.
Lua
segunda-feira, 19 de julho de 2010
sábado, 12 de junho de 2010
quinta-feira, 15 de abril de 2010
são centenas de barulhentos
monstrinhos remelentos
sujos de cimento e lama
a casa em andamento reclama
não há tijolo que fique em pé
toda hora, hora é
não é hora de ir pra cama
dez minutinhos a mais
e eu ficando sem paz
sobe e desce a escada
sujam o muro, a calçada
milhões de decibéis
pelas onze, pelas dez
minha audição estraçalhada
ah, meu Santo Expedito
me faça tê-los raiva
ou entender porque não fico.
lua
monstrinhos remelentos
sujos de cimento e lama
a casa em andamento reclama
não há tijolo que fique em pé
toda hora, hora é
não é hora de ir pra cama
dez minutinhos a mais
e eu ficando sem paz
sobe e desce a escada
sujam o muro, a calçada
milhões de decibéis
pelas onze, pelas dez
minha audição estraçalhada
ah, meu Santo Expedito
me faça tê-los raiva
ou entender porque não fico.
lua
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
sábado, 20 de fevereiro de 2010
clique para inserir a melodia
esta canção é de letra
quem quiser que se meta
a pôr a mão
assim, por gentileza
faça a delicadeza
usar de um violão
ela sendo de alguém
pode ser um samba
(ou um samba, também)
deixe o verso macio
escorrer pelo acorde
e convém cantar baixinho
pra que ninguém acorde
se acordar de dia
meta um bom dia
na letra que resta
e se noite ainda for
boa noite, meu amor
o meu samba fez seresta.
quem quiser que se meta
a pôr a mão
assim, por gentileza
faça a delicadeza
usar de um violão
ela sendo de alguém
pode ser um samba
(ou um samba, também)
deixe o verso macio
escorrer pelo acorde
e convém cantar baixinho
pra que ninguém acorde
se acordar de dia
meta um bom dia
na letra que resta
e se noite ainda for
boa noite, meu amor
o meu samba fez seresta.
lua
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
quando me tiraram pra dançar
eu não parei nunca mais
me bastava um lugar
que eu tinha amor e paz
e foi então que
"desce dessa pirueta
baixe já esse braço
que a perna fica perneta
que chega logo o cansaço"
e acabou-se num instante
mas são tantas vindas e idas
que declaro-me dançante
pelo resto de minhas vidas.
lua
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
o tamanho do meu amor
eu contei pra todo mundo
à Dona Joana, Seu José e João
e Dona Maria já disse aos seus
à noite, baixinho, falei com Deus
e de manhã, na fila do pão
mandei avisar no salão
pra velhinha lá do fundo
trabalhador e vagabundo
pra moça e pro senhor
o tamanho do meu amor
eu contei pra todo mundo.
lua
eu contei pra todo mundo
à Dona Joana, Seu José e João
e Dona Maria já disse aos seus
à noite, baixinho, falei com Deus
e de manhã, na fila do pão
mandei avisar no salão
pra velhinha lá do fundo
trabalhador e vagabundo
pra moça e pro senhor
o tamanho do meu amor
eu contei pra todo mundo.
lua
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
Não é de prata
nem é tão branca
ela não é a casa
de São Jorge
E nem o Jorge
vai até lá
quando de casa
ele foge
nem que finja,
nem que forge
Nem Ana e nem Maria
Ninguém sabe que de dia
ela está muito longe
Não tem ninguém que more
não tem própria Luz
mesmo que por ela eu ore
será que ela soube de Jesus?
Não é do reino,
não é de prata
ela não é, Maria, de queijo
Nunca fez nada
mas, hoje, a lua
mandou um beijo.
Lua
(pra painho)
nem é tão branca
ela não é a casa
de São Jorge
E nem o Jorge
vai até lá
quando de casa
ele foge
nem que finja,
nem que forge
Nem Ana e nem Maria
Ninguém sabe que de dia
ela está muito longe
Não tem ninguém que more
não tem própria Luz
mesmo que por ela eu ore
será que ela soube de Jesus?
Não é do reino,
não é de prata
ela não é, Maria, de queijo
Nunca fez nada
mas, hoje, a lua
mandou um beijo.
Lua
(pra painho)
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