segunda-feira, 15 de dezembro de 2008


As nossas melhores comanhias
Não precisam estar sempre perto.
(Não sempre, mas, digamos,
Que a cada dois dias...
... ou a cada dois anos)

sábado, 13 de dezembro de 2008

(...)
"E são dois cílios em pleno ar
Atrás do filho vem o pai, e o avô
Como um gatilho sem disparar
Você invade mais um lugar
onde eu não vou...

O que está acontecendo?..."

(Relicário - Nando Reis)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

"Mãos que estão unidas, mas não estão"

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Não me dê a razão.
Eu não quero ela não.

Por mais que a vida esteja torta
Não a quero viva, nem morta!

Fuja de mim com a razão!
Saia com ela deste salão.

Que dela eu estou farta.
Leve-a pro raio que a parta!

E não me venha falar de razão.
Me fale de um filme na televisão.

Mas, preste atenção, veja você:
ter razão é não ter.
___________________

Há quem pense de verdade
(e quem o fez, errou)
Eu pensei que era felicidade
E na verdade era só amor.
__________________
23:52hs

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O amor é feio
Tem cara de vício
Anda pela estrada
Não tem compromisso
O amor é isso
Tem cara de bicho
Vou deixar meu bem
Jogado no lixo
O amor é sujo
Tem cheiro de mijo
Ele mete medo
Vou lhe tirar disso
O amor é lindo...
O amor é lindo
Faz o impossível
O amor é graça
Ele dá e passa
O amor é livre
O amor é livre
O amor é livre
O amor é livre

(Arnaldo Antunes)

terça-feira, 25 de novembro de 2008


Fala-me uma voz assim que acordo:
- Tua alma é iludida e triste
E que nada em mim de amor existe
E eu digo: desta voz muito discordo

Quem disse a tua certeza, quem disse?
E quem à esta tua tese defende?
Sabe-se que de amor nada entende
Nada dele sabe, nem falar ouviste

E há que seja o amor celebrado!
Tu saberias o que é mesmo triste
Acaso viste amor desperdiçado

E não se espante se um dia destes
Já tenhas amado, sofrido, chorado
Isto é o sinal de que viveste!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Hoje, ao acordar, sorria
E nem sabia o problema
Que toda minha alegria
Tinha dele pena
Foi então que eu saí
Nem aí pra o dilema
Serena, a sorrir
Fazendo dele poema...
Há problema em toda parte
Eu não entendo tal alegria!
Louca seria, ou quase
E foi assim por todo o dia
E eu - quanta covardia!
Escrevo frases...

sábado, 22 de novembro de 2008

Otipessimismo

Existe uma hora que me irrita o otimismo.
Não serve de nada. Nem se iludam em pensar positivo.
Proporciona apenas uma breve sensação de alívio
Seguido de um estrondante realismo.
E depois, nada.
Nada além de um fingido sorriso
Por trás de uma mente pensando:
De que serve mesmo o otimismo?
Se aqui fez o amor a sua estância
É por não termos a saudade vencido
Saudade que não é ruim, é vigilância:
Prova que o amor não corre perigo.

E quanto mais se anuncia a distância
Ainda assim, permanecemos unidos
Pelo enorme tédio que há na ânsia
De te falar nos olhos... e nos ouvidos...

Com os olhares ruidosos dos inimigos
E tendo os cupidos mais desastrosos
Tem ainda o amor sobrevivido

Eu não sei explicar o acontecido
(Nem sabem explicar os astrólogos)
As estrelas que me têm aparecido!

sábado, 4 de outubro de 2008

Soneto à Candidatura


Que façam os políticos de si, uma autocrítica
Que critiquem os inimigos que por eles nada fazem
Que façam todas as guerras, que façam as pazes
Mas que no final não precisem da polícia

Que falem nos comícios da sua enorme compaixão
Que prometam mais luz, menos fome, menos dívida
Que cumpram menos também, pois é assim a política
Mas que no final não morra um cidadão

Que seja um, dois, três candidatos
Acatados todos pela confiança
Pela coragem que ela traz

Mas que ao final de qualquer mandato
Que reine sempre a esperança
De que seja eleita, enfim, a paz.

terça-feira, 30 de setembro de 2008


Um vez era uma menina
Que Maria se chamava
- Quanta preguiça, menina Maria!
Todo mundo se reclamava
E ela dizia toda dengosa:
"Não entendo o seu reclamar
Nem é que eu seja preguiçosa
Só não tenho pressa de chegar.
E aproveitando do momento
Vou, baixinho, lhe falar
Dê mais leveza ao movimento
E ande sempre devagar."
E quando atrasada, sorria.
Desapressada a ser arrumar
Falava "Deixe de agonia
Que eu termino já já."
Um dia avistei a menina
sentada, triste, a cantarolar
Perguntei: - Que tens, Maria?
Que tanta tristeza em teu cantar.
Desconsolada... serena...
Ela falou e sorriu
"Fui escrever tão belo poema
mas a caneta caiu".


segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Olhos que vêem, olhos que sentem
Há olhos de primeira vista
E os que vêem novamente
Há ainda os olhos que amam
Estes vêem mais profundamente
Um novo amor pela mesma amada
A cada manhã de sol nascente
Os olhos que choram não são os mesmos
olhos que brilham de contentes
Eles vêem por detrás das lágrimas,
as mais límpidas e decentes,
O que não vêem os olhos alegres
de tão alegres e sorridentes.

sábado, 13 de setembro de 2008

Não sei se vou te amar
por toda a minha vida
E quem dirá?
Que em cada despedida
vai chorar
desesperadamente...

(Ele amou nove vezes, por toda a vida. Chorou em cada uma das nove despedidas, deseperadamente. Concordo com o Pessoa: O poeta é um fingidor. Ele finge, mas não mente. Jamais discordarei do que Vinícius sente).

"Eu Sei Que Vou Te Amar - Vinícius de Moraes"

domingo, 31 de agosto de 2008

Para te ver passar um dia
Abri o portão lá fora
Saiu correndo a minha alegria
Para onde você mora
Para bem longe de mim
E eu só queria ir
Onde você está agora...

domingo, 17 de agosto de 2008



Vou pegar um trem
Ali e Logo mais
na estação da luz
Pois por aqui não vem
Trem por aqui não passa
Não se tem passagem
Nem se tem vagão
Perdida a minha viagem
Uma miragem, uma farsa
Trem por aqui não passa
e nem passa de ilusão.

sábado, 16 de agosto de 2008

Soneto ao Chato


O chato passou lá na minha rua
de roupa preta, de cara fechada
Longe de tudo, longe da calçada
com cara de nada (que não era sua)

Pensei logo: que falcatrua!
Passou e não disse quase nada
Só levantou a cabeça abaixada
como quem nada fala e recua

Então, o que posso eu pensar?
Faço algo que não o agrada
Pois passa por mim sem falar

Depois, eu começo a me lembrar
(e quase que fico chateada)
É que o chato gosta de se chatear!
Uma boa madrugada

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Viajando no automóvel,
Viajar...
Eu, imóvel, observando
Essas curvas que vão girando
Fazendo o sol também girar
Eu já fui n'algum lugar...
E agora estou voltando
Cai a tarde, se derramando
E sem pressa de chegar
E as estradas que vão passando
Também fazem a nuvem andar
E os pássaros no céu, voando
Me fazem também sentir voar
Pelas folhas no ar, levitando
Me sinto quase a levitar
Agora, escute, estou cantando
Como esta brisa que passa a cantar
Eu, no mundo viajando
Achando que o mundo me faz viajar


laiá laiá lalá..

sábado, 2 de agosto de 2008

Um dia, olhando o espaço, eu vi
Só lá existe a paz.
Desde então estou nesse desconforto
Ir até lá: como faz?
Preciso de um teletransporto.


Bom dia!
(e hoje à noite, olhe o céu)

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Uma casinha branca
E um retrato antigo
Na mesa a janta
E o meu amor comigo
Arrumar a cama
Visitar o amigo
Deitar na grama
E o meu amor comigo
Já fiz doce de banana
E um bolo de trigo
No varal o pijama
E o meu amor comigo
Eu não sei se isso existe
mas pensar que não é castigo
Prometa estar sempre comigo
e eu prometo não te fazer triste.
Tarde!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Diálogo (ou Consolação)

- Não fique assim não
Que a dor é do amor a graça
O tempo dará sua opinião
E a tristeza um dia passa

- Se ao final de um grande amor
Se sofre e chora bastante
Tenho pra mim, meu amigo
Que vivi um amor gigante...

(e depois voltaram a caminhar)

terça-feira, 15 de julho de 2008


"Silêncio, por favor
Enquanto esqueço
um pouco a dor
do peito...
Não diga nada
sobre meus
defeitos
Eu não me lembro
mais, quem me
deixou assim
Hoje eu quero apenas
uma pausa de mil
compassos..."

segunda-feira, 14 de julho de 2008




Chove muito na minha rua
Uma chuva que não vem do céu
Nem vem de cima, nem cai ao léu
Não molha o chão e nem a lua
E quando acontece de anoitecer,
quando paira o silêncio e o breu
Saberás, se por acaso chover
que o que cai é pranto meu.


Hoje bateu uma brisa triste,
e eu tive, então, a certeza:
A tristeza em mim existe


Noite...
Intercede, meu bom Jesus
Pois meu amor foi-se embora
Nunca precisei de tanta luz
Meu Jesus, eu preciso agora
Peço em forma de oração
Todo dia em que eu viver
Tenha de mim compaixão
E não deixa ele sofrer
Porque ninguém merece
Padecer por ninguém
Peço o amor em prece
Peço luz, amém.

segunda-feira, 7 de julho de 2008




O que há de chato em ser poeta,
é aproveitar-se da insônia
para cumprir a sua meta.
Não havia o ódio
Nem mais o que ser feito
Transformou-se em tédio
o amor que já era estreito
Deixamos de ser "nós"
Cada um foi pro seu lar
Agora, estamos a sós
mas não no mesmo lugar.
Vou esperar que um passarinho
venha um dia me contar
Por onde anda você
e como você está.
(O Poema da Despedida)

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Entre o agora e o passado há uma distância
Que não sei se na dor, na angústia, ou na ânsia
Lembro-me constantemente do que não existiu
Quando o desejo era lembrar-me da infância.
Quando na vida muito se sofre,
Quando surge uma dor imensa,
O que havia antes se dissolve
Como se esquecer fosse recompensa.
Triste de quem vive a tentar
Lembrar de nunca se esquecer
Passa a vida a se reclamar
Tendo saudade não sei de quê
Tenta sempre reviver
O que falta na história
É o que há de se fazer
ao perder-se na memória.

Luandrade

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Dos Sentimentos

O mais nobre: o amor
O mais irônico: a insatisfação.
Uma hora quer, com todo fervor
depois esquece, amou em vão.

Nunca se sabe ao certo
Quando de fato se ama:
o duvidoso faz-se concreto,
o que era certo desfaz-se em drama.

Lua

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Era uma vez, um poema.
E vou contar a vocês
uma história pequena,
que grande se fez.
Era tardezinha, quase seis,
as frases saíram em disparada
- tremedeira, palidez -
em busca da sua sua amada.
Dolorosa necessária timidez,
ansiedade resguardada,
que esperava desde as três:
dizia um nada-com-nada
de extrema nitidez.
Como o texto decorado,
mão suada, lucidez
Ela sorriu pro amado.
Ele sorriu outra vez.
Palavra no papel amassado.
A vergonha atacou sem pena
num ato louco, descontrolado
surgiu uma vez, o poema.

Tarde!

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Parece abril ...
Tempo que passa
o tempo passando
na minha frente, o tempo
lento, sem que percebamos
Estamos quase no meio do ano
e nenhuma rosa se abriu.

Parece maio e abril,
e muito se parecem
nem parece que são dois
e se são, só notei depois
depois de junho ou novembro
em dezembro, nem sabia mais
no mais, eu nem me lembro

Em janeiro devo saber
agora, me foge da mente
chega abril novamente
e de novo nessa eu caio
a propósito,
é abril ou maio?

segunda-feira, 14 de abril de 2008

- Prometo pra sempre amar-te -
isto sim compromete!
Falar de amor na inverdade
é como espetar de um alfinete
Faz do amado um sofredor
Faz do "amar-te" desamor
e de quebra faz sofrer-te.

A promessa tem a autoridade
de fazer o arrependimento.
Cuidado, antes que tarde
deixe a maldade no esquecimento,
Tão bela quando com sinceridade
quando não, é um tormento.

Fazer promessa, na verdade
é usar de um vulnerável tom
Saber fazê-la é uma arte
Saber cumprí-la é um dom!


Luana Andrade

terça-feira, 8 de abril de 2008

quarta-feira, 2 de abril de 2008


Eu quis fazer um poema,
mas, nem mesmo tenho um tema.
E agora me falta a rima,
será esta a minha sina?
Sina de não ter um tema,
Qual será a rima deste poema?
Tarde!

terça-feira, 1 de abril de 2008


Saudade!
Que bons ventos a traz aqui?
Uma lembrança, felicidade?
ou só a saudade que tens de mim?
A saudade meu peito invade,
és o meu anjo querubim
Que bom que vieste agora à tarde,
fazer-me compania, e sendo assim,
junte-se a mim, puxe uma cadeira
sentada a uma mesa de madeira
escrevos os meus versos sem fim
Não, não vá agora!
que nesta hora a tristeza me pega
Espera um pouco, um pouco de demora
e quando fores embora, saudade,
me carrega!


Boa noite, saudade!
Meu dia se passa num breve instante, e arrisco
dizer que se torna apavorante
Lembrar que os anos são feitos disto.
É assim a nossa vida, e diante do que foi visto,
passar na vida como passante
Se torna um grande risco.


Aquele abraço!

domingo, 30 de março de 2008

Dialogando Poeticamente

Liz, e o nosso samba?
vai sair ou não?
Temos caneta, papel na mão
idéias e um violão!

Só falta agora a música
Uma melodia,
Pura e sadía
Pra virar mesmo canção!

Mas se rimar ficar na moda
Todo mundo entra na roda,
faz poema e canção

Não importa, deixa entrar
Chama pra roda
Rima é moda e é canção
Quando quem faz é o coração!

O que ainda vale é a intenção
A gente faz a melodia
A gente espalha a alegria
nesse mundo de ambição

Querendo ou não,
essa é a vida
Alegria, ousadia, é folia
É sabor, é samba é fantasia
É bonita, é bonita e é bonita!

é Bonita mesmo, a vida
Tão linda quanto rara
e tomara mesmo, tomara
que esta seja bem vivida

Pois não importa a ferida
Se é bonita,se mulata
Se é branca, ouro ou prata
Seja vida, seja a vida mais bonita!

Termino aqui o meu verso feliz
Porque o tempo é curto, e não demora
vou olhar as estrelas lá fora
Passo a palavra à Liz

Sendo assim, é a Lua quem diz
Fazer versos, como um aprendiz
Faz meu dia mais brilhoso
Termino a noite mais feliz

sexta-feira, 28 de março de 2008

Não sei se porque chega a tarde
Ou a tristeza que bate ...
Mas é uma dor que não se desfaz.
Uma hora bate e fica
Outra hora já não sai
Nem sei quando dói mais,
quando no silêncio ficas
ou quando embora vais.
Mas uma coisa eu digo:
Paciência, meu amigo
fez-se o meu porto
fez-se o meu cais.
Nessas horas de incerteza
acredite na beleza
da pureza que a tristeza traz.
É tanta delicadeza
que um grosseiro amor lhe faz.
Peço-te por gentileza
Esqueça toda esta grandeza
esqueça isto, meu rapaz!
Esqueça o texto e as estatísticas.
Esqueça os gráficos ...
Que nada disso é tão mágico,
quanto esquecer das formas físicas.
Deixo de lado meu conceito
para abordar este tema.
Me contento com o imperfeito
de ser tão triste este poema.

Assim como os filmes que assisto no feriado,
fictícios.

Linda Tarde! Abraço

quarta-feira, 26 de março de 2008

Cá com meus botões ...

... escrevi ao tempo:
Eis que te clamam quando vem a dor
Às vezes passa-te num breve instante
Às vezes és como precioso diamante
Às vezes transforma-te em rancor ...

Te julgam deus poderoso que cura dores
Te acusam porque passas lento
Te recusam sempre num bom momento
Te usam para esquecer grandes amores

Te pedem aos outros como se todos a ti tivessem
Não percebem que teu valor não é pouco
E que poucos a ti merecem

És tão generoso que não fazes julgamento
Deixa que eles mesmo se castiguem
Pois passas sempre num único compasso, o tempo.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Cá com meus botões ...

Queria uma coisa moderna no momento:
uma máquina para fazer voltar no tempo.
E não fale mal do passado, não perto de mim
ele não merece, coitado, ser maltratado assim.
Encerro aqui este meu poema de defensoria
E deixo um recado: use da sabedoria,
Viva também o passado ... e sorria!

Boa tarde, leitores amados
e amanhã, um bom dia!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Este Poeminha sem Começo

... mas eu gosto de achar,
(e nem sei o porquê)
Que pra chuva parar
Ela tem que chover.

-
Boa Tarde!

Um dia o escreverei desde o começo,
mas só quando a chuva passar.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Preciso de paciência com o máximo de urgência.
Preciso que haja uma falta de não - demência.
Preciso não precisar dessa tal experiência.
Preciso agora, desse tipo de indigência.
Preciso da palavra que tenha "ência".
Talvez eu use agora a inteligência.
Não me resta mais a referência
Perco então, minha paciência
Deixo de lado esta ciência.

Muito boas essas noites! Abraço!

quinta-feira, 6 de março de 2008

Hoje à noite poderás ver
basta sair, e encontrará.
Quase impossível é crer
que nunca pudeste contemplar.
Arrume agora um tempo
e este ainda não será grande,
busque um grande sentimento
que a recompensa se expande.
Não tenha pressa ao admirar,
assim são os bons momentos.
Será necessário para lembrar
que passem livres, e passem lentos.
Se hoje não puderes olhar
deixe para o amanhã
Ou no outro que virá.
Mas será muito importante
que não se esqueça,
nem se torne relevante.
Vá lá fora, e descobrirá.
Quando eu vi, estava perturbada
e quase não pude acreditar
Além de todos os problemas
as estrelas estavam lá.
Ah, e como brilhavam forte...
encontrei sul e norte,
encontrei motivos, e pude até sonhar.
Descobri neste dia
que na manhã que não sorria
a noite, um presente ia me dar
Desde então, agradeço todo dia
de ter na vida esta alegria
de ter o dom de podê-las admirar.


Muito boa esta tarde!

quarta-feira, 5 de março de 2008

Saio de casa
e atravesso,
e do outro lado
eu agradeço.
Saio da escola,
o caminho não esqueço.
Eu chego em casa
e agradeço.
Saio na rua
e apareço.
Ainda estou viva,
então agradeço.
"Agradeça"
é um verbo,
não se esqueça.
Conjugue quando
e sempre que mereça.


Oi, boa tarde, tchau, abraços.

terça-feira, 4 de março de 2008

Onde eu vivo tenho pessoas

Tenho braços, e as abraço

Entre vidas ruins e boas

Eu "ando onde há espaço"

Mas falo de minha morada

Dos lugares que gosto tanto

Da luz do dia que muito me agrada

e do escuro da noite que me causa espanto

Onde eu vivo, poucas coisas eu levo

Porque poucas coisas eu tenho

E quando for daqui, as carrego

E depois de novo com elas venho.


essa eu fiz pra tarefinha de Literatura,

Boa Tarde!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Voltando da Escola

E voltando da escola
eu vejo gente no caminho:
gente que ri, gente que chora
quem anda com a gente
e quem anda sozinho
Cuidado com a Hora!
Não chegue em casa tarde.
A gente anda, conversa
canta e não demora,
voltar da escola também é arte.
Quando chega na padaria,
ainda falta chão
tem quem fica na praça
e na Igreja de São Sebastião.
Não precisa ser da mesma série,
que no recreio a gente conversa.
Mas na volta, ninguém se difere.
Marcos, Mariela, Renatinha,
Pablo, e Lorena também caminha.
Kamila, Mona e Jayne
Anda, antes que o tempo termine.
Corre, antes que o tempo voe,
e quem eu esqueci, que me perdoe.


Ao chegar, posso perder a hora
mas nunca me atraso pra voltar da escola.

Boa Noite!

... uma homenagem a todo esse pessoal
que também volta feliz da escola!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Poeminha da Tristeza

Estais triste?
Então te alegra!
Tens a arte
O dia triste
é da criatividade
Faz um triste poema
e ele terá graça
canta e aproveita
que depois a tristeza passa.

Boa Tarde!

...triste aqui estou,
escrevi, depois passou

Plóft, é Carnaval!

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Ficar na Moda

Vou ficar na moda
Vou entrar na roda
e parecer moderno
Vou tirar o terno
E perder as contas
Vou fazer de conta
que faço parte
Vou fingir que é arte
Vou fazer besteira
Vou falar asneira
Vou chegar tarde
Vou fazer um alarde
Vou fazer um inferno
e no meu interno
Ainda um covarde.
-
Boa Noite!

sábado, 19 de janeiro de 2008

Silêncio


Este silêncio me consome.

Cadê a música, cadê as notas?

Parece a sede

Parece a fome

Parece que nem notas...

Que inquietação me causa

O que causa esta ausência?

Que silêncio nesta casa!

Sem música?

Ora, tenha paciência!

Tome logo tenência

Pegue logo este violão

Cumpra agora esta sentença

Toque pra mim aquela canção.
-
Uma Boa noite !

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Além daqui


Óh meu mundo,
não gires tanto assim
não quero que dê voltas
que nessas vozes altas
esqueço até de mim.

Vou ficar mudo
para que calem também
Pobre vagabundo
Pobre alma, pobre mundo
não vê que te quero bem

Não te quero aqui
Não te quero triste
Não te quero, meu bem
Não espere pelo que não vem
longe daqui, a felicidade até existe.
-
Boa noite!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Do mesmo Jeito

é. Continuo gostando das mesmas coisas,
Dos mesmo livros,
Dos mesmos discos
Das mesmas canções.
Ainda vivo como os meus pais.

Ainda gosto de Elis
de Tom
de Toquinho
Me encanto com as novas invenções
e adoro Vinícius de Moraes.

Viver é melhor que sonhar
Ainda sonho
Ainda vivo
e não me pergunte das minhas paixões
delas, não me lembro mais

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Sim, eu vivo de Passado!

Quero de novo ter aquela idade
e poder aproveitar bastante,
Porque o hoje é muito tarde
e o amanhã, muito mais distante,
e o passado é muito mais brilhante
que essa juventude desgastada
Prefiro ser cafona e "listrada"
do que tá na moda e ser ignorante.
Ser ignorante? Isso não é nada
Pra essa gente arrogante.
Quero a canção desejada
e uma conversa interessante.
Quero estar bem distante,
quero andar de mão dada,
quero andar na chuva, e na estrada
quero a simplicidade constante.
o que quero passar adiante
não é o que aprende essa gente frustrada,
nem esse pequeno futuro sufocante.
Prefiro estar atrasada
e viver desse passado gigante.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Onde estava a música?


Não sei o que ali havia,
o que trazia a multidão
acho que ela sabia
acho que eu, não.
Acho que ele cantava,
mas não sabia a melodia
Acho que ela dançava,
mas outra coisa não fazia.
Acho, eu, que não era nada,
mas todo mundo ali ouvia,
todo mundo ali cantava,
mas letra, não achei que tinha.
Na verdade, não achei nada
pois alí nada havia.
Parecia ser cantada
uma música, seria?
Não sei se estou errada,
mas a canção nada dizia.
Não sei se a letra mal colocada
ou o barulho que fazia.
Ainda não entendo nada
do que ali acontecia:
a palavra por mim evitada,
cantavam com alegria.
A juventude influenciada
um pecado ali cometia:
uma letra desbocada
naquela pobre melodia.
Boa Noite!