quarta-feira, 25 de junho de 2008

Entre o agora e o passado há uma distância
Que não sei se na dor, na angústia, ou na ânsia
Lembro-me constantemente do que não existiu
Quando o desejo era lembrar-me da infância.
Quando na vida muito se sofre,
Quando surge uma dor imensa,
O que havia antes se dissolve
Como se esquecer fosse recompensa.
Triste de quem vive a tentar
Lembrar de nunca se esquecer
Passa a vida a se reclamar
Tendo saudade não sei de quê
Tenta sempre reviver
O que falta na história
É o que há de se fazer
ao perder-se na memória.

Luandrade

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