quarta-feira, 25 de junho de 2008

Entre o agora e o passado há uma distância
Que não sei se na dor, na angústia, ou na ânsia
Lembro-me constantemente do que não existiu
Quando o desejo era lembrar-me da infância.
Quando na vida muito se sofre,
Quando surge uma dor imensa,
O que havia antes se dissolve
Como se esquecer fosse recompensa.
Triste de quem vive a tentar
Lembrar de nunca se esquecer
Passa a vida a se reclamar
Tendo saudade não sei de quê
Tenta sempre reviver
O que falta na história
É o que há de se fazer
ao perder-se na memória.

Luandrade

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Dos Sentimentos

O mais nobre: o amor
O mais irônico: a insatisfação.
Uma hora quer, com todo fervor
depois esquece, amou em vão.

Nunca se sabe ao certo
Quando de fato se ama:
o duvidoso faz-se concreto,
o que era certo desfaz-se em drama.

Lua