quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
mandei embora um passarinho
e ele se foi a voar
agora quem me acordará devagarzinho,
antes da hora de acordar?
quem vai me falar de fininho,
a piar, a levitar?
quem vou cuidar direitinho,
e, baixinho, assobiar?
e me preocupar quando, caladinho,
sair a passarinhar?
vou te buscar, passarinho
fique onde está.
que eu não tenho asas
e posso demorar.
Lua
e ele se foi a voar
agora quem me acordará devagarzinho,
antes da hora de acordar?
quem vai me falar de fininho,
a piar, a levitar?
quem vou cuidar direitinho,
e, baixinho, assobiar?
e me preocupar quando, caladinho,
sair a passarinhar?
vou te buscar, passarinho
fique onde está.
que eu não tenho asas
e posso demorar.
Lua
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
olha aquela mulher andando na praia
pedindo ao céu que um anjo caia
pedindo a Deus, pedindo
ver do céu uma estrela caindo
pra saber que não é pecado
castigo ou falta de cuidado
que a vida também desaba
é o lar que se acaba
é o filho que vai embora
é a menina trancada que chora
é, no túnel, o fim da luz
a dor do peso da cruz
e que se vê nos pés descalços
andando tortos, infalsos
se vê no rosto que a lua clareia
é a lágrima que derrama na areia
é o mar que bate na barra da saia
da mulher que passeia
na beira da praia.
pedindo ao céu que um anjo caia
pedindo a Deus, pedindo
ver do céu uma estrela caindo
pra saber que não é pecado
castigo ou falta de cuidado
que a vida também desaba
é o lar que se acaba
é o filho que vai embora
é a menina trancada que chora
é, no túnel, o fim da luz
a dor do peso da cruz
e que se vê nos pés descalços
andando tortos, infalsos
se vê no rosto que a lua clareia
é a lágrima que derrama na areia
é o mar que bate na barra da saia
da mulher que passeia
na beira da praia.
Lua
sábado, 26 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
pra lua
O sol que de dia cresce
à tarde vai, desaparece.
É noite, o céu sem lua,
pois igual a da minha rua não tem.
Embora eu não deva merecer,
Mas se um dia tiver ser,
Eu peço,senhor, uma coisa tua:
Se puderes me dar a lua,
tem que ser à que conheço.
Aquela que me lembro,
Viaja sempre em dezembro.
Trás ela aqui no natal?
procure pelo sinal,
que com certeza acha.
Peça que ela dance uma "contemporânea"
E que me mostre aquela risada espontânea
Acho que sabe quem é ela,
pede pra ela vir com "Bela".
que é pra ficar no meu colo.
A minha lua ecreve poesia;
Eu lembro dela todo dia,
traga ela aqui pro meu lado.
à tarde vai, desaparece.
É noite, o céu sem lua,
pois igual a da minha rua não tem.
Embora eu não deva merecer,
Mas se um dia tiver ser,
Eu peço,senhor, uma coisa tua:
Se puderes me dar a lua,
tem que ser à que conheço.
Aquela que me lembro,
Viaja sempre em dezembro.
Trás ela aqui no natal?
procure pelo sinal,
que com certeza acha.
Peça que ela dance uma "contemporânea"
E que me mostre aquela risada espontânea
Acho que sabe quem é ela,
pede pra ela vir com "Bela".
que é pra ficar no meu colo.
A minha lua ecreve poesia;
Eu lembro dela todo dia,
traga ela aqui pro meu lado.
Neiclys
(este não é meu, não. Mas é também, rs.)
ó ele aqui ó
terça-feira, 24 de novembro de 2009
ela não está bem
os olhos estão tristes
a cabeça baixa
olhos como quem
procura e não acha
ela não está bem
o olhar está perdido
como quem proura
um filho escondido
brincando pela casa
Ela não acha
os olhos perdidos
a graça, os filhos
o caixa
Eu, fiz o pedido,
paguei a conta
e fui pra casa.
ela ficou lá.
bem não estava.
Lua
os olhos estão tristes
a cabeça baixa
olhos como quem
procura e não acha
ela não está bem
o olhar está perdido
como quem proura
um filho escondido
brincando pela casa
Ela não acha
os olhos perdidos
a graça, os filhos
o caixa
Eu, fiz o pedido,
paguei a conta
e fui pra casa.
ela ficou lá.
bem não estava.
Lua
quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A casa de D. Joana
é bem na frente da minha
uma porta, uma janela
uma parede branquinha
que imita o cabelo dela
que imita a nuvenzinha
que passa agora lá no céu
e quando de tardezinha
é comum se ver por ali
pessoas pequenininhas
na pequena calçada
e me bate uma saudadezinha
apertada, apertada
Ah, D. Joaninha...
que nunca mais a vi
faz uma forcinha
e na tarde que vem
apareça na janelinha
pr'eu ver que tá tudo bem.
Lua
(baseado em fatos reais)
é bem na frente da minha
uma porta, uma janela
uma parede branquinha
que imita o cabelo dela
que imita a nuvenzinha
que passa agora lá no céu
e quando de tardezinha
é comum se ver por ali
pessoas pequenininhas
na pequena calçada
e me bate uma saudadezinha
apertada, apertada
Ah, D. Joaninha...
que nunca mais a vi
faz uma forcinha
e na tarde que vem
apareça na janelinha
pr'eu ver que tá tudo bem.
Lua
(baseado em fatos reais)
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
mona, moninha, mon, etc, etc
Tarde da noite, madrugada
a cidade dorme, tranquiliza
todo sopro parece brisa
e ela está acordada
pensa numa fórmula concisa
de deixar a vida organizada
Dorme, Monalisa
que amanhã, já de dia
carregarás no teu bolso
a cidade que ontem dormia
Vai, Monalisa,
alisa a cabeça do moço
que ele muito te precisa
o teu esforço é uma camisa
de força, de flores no fim do poço
é de lá que você se retira
muitas vezes sem reforço
a cidade dorme, tranquiliza
todo sopro parece brisa
e ela está acordada
pensa numa fórmula concisa
de deixar a vida organizada
Dorme, Monalisa
que amanhã, já de dia
carregarás no teu bolso
a cidade que ontem dormia
Vai, Monalisa,
alisa a cabeça do moço
que ele muito te precisa
o teu esforço é uma camisa
de força, de flores no fim do poço
é de lá que você se retira
muitas vezes sem reforço
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
A bandeja é sua quando você pega.
ela sustenta seu prato,
seu copo não escorrega,
deixa tudo organizado...
E sem que nada interfira,
estão você e ela
Amizade de plástico
momentaneamente eterna.
Eis que chega o funcionário,
Destruidor da ordem escolhida,
cavaleiro dos templários,
ou coisa muito parecida,
e lhe tira o objeto que deseja
A ação jamais esquecida
Já não é agora uma bandeja,
é uma célula da sua vida
Foi-se embora num sutil e educado:
"Licença, posso retirar?"
Lá vai ela naqueles braços...
Já não se pode mais enxergar.
Evite sofrimento,
frieza e calculismo.
Grite numa só voz:
"Não. Não ao bandejismo!"
(algumas pessoas entenderão. Outras..)
ela sustenta seu prato,
seu copo não escorrega,
deixa tudo organizado...
E sem que nada interfira,
estão você e ela
Amizade de plástico
momentaneamente eterna.
Eis que chega o funcionário,
Destruidor da ordem escolhida,
cavaleiro dos templários,
ou coisa muito parecida,
e lhe tira o objeto que deseja
A ação jamais esquecida
Já não é agora uma bandeja,
é uma célula da sua vida
Foi-se embora num sutil e educado:
"Licença, posso retirar?"
Lá vai ela naqueles braços...
Já não se pode mais enxergar.
Evite sofrimento,
frieza e calculismo.
Grite numa só voz:
"Não. Não ao bandejismo!"
(algumas pessoas entenderão. Outras..)
sábado, 24 de outubro de 2009
Está decretado,
terminantemente,
inter-nacional_
mente, universal:
Ninguém pode mais
dar adeus aos seus pais,
aos seus amigos,
recentemente conhecidos.
Não acene do navio
como um lenço na mão
chorando um rio
que é bem capaz
de ser castigado.
Cuidado, rapaz, cuidado
Não se despeça jamais
de um lugar que goste
E é bom mesmo que aposte
toda alma que você tem
e preocupe-se não com o que vem,
e esqueça tudo na vida
que recorde o que lembre despedida.
Foi por quase dizer adeus
(pular no profundo abismo)
que criei a melhor teoria:
utopia do não-despedismo.
Lua
(ps.: despedistas revolucionários,
por favor, vão embora)
terminantemente,
inter-nacional_
mente, universal:
Ninguém pode mais
dar adeus aos seus pais,
aos seus amigos,
recentemente conhecidos.
Não acene do navio
como um lenço na mão
chorando um rio
que é bem capaz
de ser castigado.
Cuidado, rapaz, cuidado
Não se despeça jamais
de um lugar que goste
E é bom mesmo que aposte
toda alma que você tem
e preocupe-se não com o que vem,
e esqueça tudo na vida
que recorde o que lembre despedida.
Foi por quase dizer adeus
(pular no profundo abismo)
que criei a melhor teoria:
utopia do não-despedismo.
Lua
(ps.: despedistas revolucionários,
por favor, vão embora)
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
desfeito São João

Olha pro céu, meu amor
Veja só ele caindo
Olha pro chão que não tem uma flor
Nem ninguém passa sorrindo
Lembro que à noite tinha seresta
Hoje ninguém tem coração
Olho pro céu, brilho não resta
Mesmo na noite de São João
Não há ninguém a cantar
Está vazio o salão
E no terreiro está a chorar
Quem abandonou um coração...
Veja só ele caindo
Olha pro chão que não tem uma flor
Nem ninguém passa sorrindo
Lembro que à noite tinha seresta
Hoje ninguém tem coração
Olho pro céu, brilho não resta
Mesmo na noite de São João
Não há ninguém a cantar
Está vazio o salão
E no terreiro está a chorar
Quem abandonou um coração...
Lua
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
sábado, 12 de setembro de 2009
recado de geladeira
O que for meu
que ficou na sua casa
(pela amnésia cometida),
em cima da sua mesa,
ou dentro da sua vida,
tudo o que nos reste,
Não dê à ninguém
nem empreste.
(fui na venda)
Lua
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Não descase de mim
da casa, do lar
Se for o caso, case.
mas não faça descaso
Que eu penso que é fase
E quando casado
cuidado com o calção
Que deixa molhado
Em cima da cama
A camisa na cadeira
Que todo mundo reclama
Cuidado com a tampa do vaso!
Se um dia, sem querer
Esquecer, por acaso.
Cuidado, que brigar
Estraga a mobília
A cama, a mesa de jantar.
Agora só mais um lembrete
Do lado de cá, tem uma chave
Sempre embaixo do tapete.
Lua
da casa, do lar
Se for o caso, case.
mas não faça descaso
Que eu penso que é fase
E quando casado
cuidado com o calção
Que deixa molhado
Em cima da cama
A camisa na cadeira
Que todo mundo reclama
Cuidado com a tampa do vaso!
Se um dia, sem querer
Esquecer, por acaso.
Cuidado, que brigar
Estraga a mobília
A cama, a mesa de jantar.
Agora só mais um lembrete
Do lado de cá, tem uma chave
Sempre embaixo do tapete.
Lua
domingo, 23 de agosto de 2009
Será que fica,
assim, nessa bendita
vida toda torta?a alma não se comporta
eu já lavei as mãos(as minhas, as de meu amor)
a escadaria do Redentor
do Bonfim, da Sé
subi ladeira à pérezei pra todo santo
São João, São José
Santo Antônio não aguenta maistá pedindo um tantinho de paz
olhe, meu amor
me chegue um tanto quantoantes, ligeiro, melhor
senão, coitado do santo!
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
domingo, 16 de agosto de 2009
sábado, 8 de agosto de 2009
história de vinil
A casa não era grande
A sala, a cozinha
Muita coisa não tinha
Pequenininha televisão
Mesinha de cabeceira
Tinha uma vida inteira
Pela frente, pelo chão
Tinha amor e carinho
Não tinha ventilador
Vinil era abanador
De Vinícius e Toquinho.
A sala, a cozinha
Muita coisa não tinha
Pequenininha televisão
Mesinha de cabeceira
Tinha uma vida inteira
Pela frente, pelo chão
Tinha amor e carinho
Não tinha ventilador
Vinil era abanador
De Vinícius e Toquinho.
Quando eu nasci, era uma falta de tudo. Nada como é hoje. Nada. E se não fossem meus irmãos para dizer "no nosso tempo não tínhamos o que você tem...", ah, eu não sabia de nadinha não. Eu acabava de nascer. Minha mãe quando ficou grávida de um de nós três, não tinha cama. Dormia no colchão, no chão. Grávidas não dormem no chão. Elas não conseguem. Acho que minha mãe não dormia. Ou então, ficou por uns tempos na casa de alguma tia minha. Acho que foi isso que ela fez. Não tinha muitos móveis, o apartamento era pequeno, a varanda era dividida com os vizinhos, não tinha isso, não tinha aquilo... não tinha ventilador. Dessas coisas, é a que eu mais gosto de ouvir. A gente não tinha ventilador. Mas, tinha mosquitos. Logo que eu nasci, no primeiro dia que dormi em casa, minha irmã não dormiu. Passou a noite me abanando. Não tínhamos ventilador, ora! Ela me abanava com um disco de vinil. Mas não era um vinil qualquer. Era um disco do Vínícius. Vinícius e Toquinho. Eu soube ontem...
Lua
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
quinta-feira, 30 de julho de 2009
? [2]
Eu não sei o que quero da vida.
E precisa mesmo querer?
Você, o que quer, rapaz?
Da comida eu quero comer
Do céu eu quero paz
Do país eu quero lei
Do amor eu quero sim
Mas da vida, eu não sei.
Lua
E precisa mesmo querer?
Você, o que quer, rapaz?
Da comida eu quero comer
Do céu eu quero paz
Do país eu quero lei
Do amor eu quero sim
Mas da vida, eu não sei.
Lua
domingo, 26 de julho de 2009
Quem disse que flor de plástico não tem vida?
Quem foi que disse, minha querida?
Te tapa os olhos, engana e mente
Que mesmo não nascida da semente,
Da terra quente, do chão cálido,
Do pólen que traz o vento pálido
É a mesma beleza que causa
No canto da sala, vazio da casa
Imagine o caule e todo cuidado
Do material de onde é retirado
Um caminho natural, imagina
Tudo explodindo matéria-prima
Na pétala assina o bicho-da-seda
E quando ela cai, menina,
A mesma sensação de perda.
Quem foi que disse, minha querida?
Te tapa os olhos, engana e mente
Que mesmo não nascida da semente,
Da terra quente, do chão cálido,
Do pólen que traz o vento pálido
É a mesma beleza que causa
No canto da sala, vazio da casa
Imagine o caule e todo cuidado
Do material de onde é retirado
Um caminho natural, imagina
Tudo explodindo matéria-prima
Na pétala assina o bicho-da-seda
E quando ela cai, menina,
A mesma sensação de perda.
24 de julho de 2009, Lagoa Seca - PB
Obrigada, Cláudio.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
terça-feira, 7 de julho de 2009
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Manual de Viagem
Para viajar
é preciso passagem
e depois,
ficar por lá
senão, perde a viagem
E quando for embora
na hora do embarque
olhar bem a tarde
e perder a hora
Pois há quem diga
que um dia volta
mas, viagem
é só de ida.
Lua
terça-feira, 30 de junho de 2009

Eu chorei de saudade
Debaixo do juazeiro.
Debaixo do juazeiro.
Eu me lembro a brincadeira
Quando criança, eu e Maria
Brincava todo santo dia
Debaixo da pitombeira
Hoje a dor é verdadeira
Sem Maria sou desinteiro
Ela saiu do meu terreiro
E foi "simbora" pra cidade
E eu chorei de saudade
Debaixo do juazeiro.
Lua.
(reciclagem de poemas,rs)
Quando criança, eu e Maria
Brincava todo santo dia
Debaixo da pitombeira
Hoje a dor é verdadeira
Sem Maria sou desinteiro
Ela saiu do meu terreiro
E foi "simbora" pra cidade
E eu chorei de saudade
Debaixo do juazeiro.
Lua.
(reciclagem de poemas,rs)
segunda-feira, 29 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
sábado, 6 de junho de 2009
sexta-feira, 5 de junho de 2009
domingo, 17 de maio de 2009
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Me deixa pegar na tua mão?
"Me deixa pegar na tua mão?"
Foi o que ela não falou
Ou falou bem baixinho
Que ninguém escutou
Mas não era o que queria, não
Queria, em verdade
Amarrar os laços
Sentir saudade
Sofrer de abraços..
Lua
sábado, 9 de maio de 2009
- Me fale sobre as palavras.
- As palavras são o que são. (...)
O tédio é uma palavra chata
O porquê é palavra em vão
Nome, idade, endereço
São desnecessárias
Mas (não adianda) eu não esqueço
Sabia que há as que não existem?
Mas, eu confesso
Estas, eu desconheço
Assim como o nada...
- E o amor?
- O amor? O amor é só uma palavra.
Lua
- As palavras são o que são. (...)
O tédio é uma palavra chata
O porquê é palavra em vão
Nome, idade, endereço
São desnecessárias
Mas (não adianda) eu não esqueço
Sabia que há as que não existem?
Mas, eu confesso
Estas, eu desconheço
Assim como o nada...
- E o amor?
- O amor? O amor é só uma palavra.
Lua
"Palavra quando acesa, não queima em vão
Deixa a beleza exposta no seu carvão..."
(Quinteto Violado)
domingo, 3 de maio de 2009
sexta-feira, 1 de maio de 2009
diagnosticamente
A tristeza afeta os braços
O abraço de quem é triste
É sempre muito fechado
Se é que ele existe
Afeta os olhos
Sabe, olhos tristonhos
Estão sempre molhados
Sentem muito sono
E a tristeza nas pernas
Ah, isso é muito comum
Sabemos, pernas tristes
Não vão a lugar algum
Portanto, meu bem
Se sente uma dor
E não sabe de onde vem
Procure um amor,
Um alguém...
O abraço de quem é triste
É sempre muito fechado
Se é que ele existe
Afeta os olhos
Sabe, olhos tristonhos
Estão sempre molhados
Sentem muito sono
E a tristeza nas pernas
Ah, isso é muito comum
Sabemos, pernas tristes
Não vão a lugar algum
Portanto, meu bem
Se sente uma dor
E não sabe de onde vem
Procure um amor,
Um alguém...
quarta-feira, 29 de abril de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
sábado, 18 de abril de 2009
quinta-feira, 16 de abril de 2009
sábado, 11 de abril de 2009

Você já escolheu a sua pessoa?
Aquela, pelo amigo apresentada
Ou, numa esquina qualquer
que, pelo acaso, é encontrada
Assim, bem no meio da rua
Ou mesmo em uma calçada,
Você já escolheu a sua?
Aquela pessoa que é só uma
E você pensa que é a errada
E dispensa aquela pessoa
Deixando-a bastante magoada
Sabe essa essa pessoa, não sabe?
Aquela que você pede perdão
E pede a sua mão em seguida
Temendo ouvir um não
Sabe a pessoa da sua vida?
Que diz que a vida dela é tua
E que passam o resto unidas
Você já encontrou a sua?
Lua
quarta-feira, 8 de abril de 2009
terça-feira, 7 de abril de 2009
Quando eu crescer, quero ser avó
Com uns cem anos, e ser feliz
Carregar a vida toda na cabeça
E uma lente na ponta do nariz
Para bem enxergar todas as letras
Das histórias que eu tiver que contar
Pra que durmam bem os meus netos
Pra que possam meus filhos descansar
Encher de gente a minha casa branca
Em dia de sexta, sábado e domingo
E no sofá, depois da janta
Eu vejo todos... Sorrindo...
Lua
quinta-feira, 2 de abril de 2009
sábado, 21 de março de 2009
sexta-feira, 20 de março de 2009
quinta-feira, 19 de março de 2009
quarta-feira, 18 de março de 2009
segunda-feira, 16 de março de 2009
sábado, 14 de março de 2009
terça-feira, 10 de março de 2009
domingo, 8 de março de 2009
quinta-feira, 5 de março de 2009
terça-feira, 3 de março de 2009
segunda-feira, 2 de março de 2009
domingo, 1 de março de 2009
sábado, 28 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
A mentira não é
Tão feia assim
E as suas pernas
Não são menores
Há mentiras eternas
(há sim)
E estas
São as melhores.
____________
"Todos têm seu encanto: os santos e os corruptos.
Não há coisa, na vida, inteiramente má.
Tu dizes que a verdade produz frutos...
Já viste as flores que a mentira dá?"
(Do mal e do bem - Mário Quintana)
Tão feia assim
E as suas pernas
Não são menores
Há mentiras eternas
(há sim)
E estas
São as melhores.
____________
"Todos têm seu encanto: os santos e os corruptos.
Não há coisa, na vida, inteiramente má.
Tu dizes que a verdade produz frutos...
Já viste as flores que a mentira dá?"
(Do mal e do bem - Mário Quintana)
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Gostar de um alguém
Que não tem coração
Que não tem coração
Que nem certeza tem
Quero não
E se tem olhos
Que pra mim não são
Que são de ninguém
Quero não
E se tem pés
Que não pisam no chão
E se andam distantes
Quero não
E se tem boca
Que só fala não
Se não fala de saudade
Quero não
Se tem mãos
E nunca estão dadas
Se não tem coração
Quero nada.
Lua
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Amor Bastante
quando eu vi você
tive uma idéia brilhante
foi como se eu olhasse
de dentro de um diamante
e meu olho ganhasse
mil faces num só instante
basta um instante
e você tem amor bastante
um bom poema leva anos
cinco jogando bola,
mais cinco estudando sânscrito,
seis carregando pedra,
nove namorando a vizinha,
sete levando porrada,
quatro andando sozinho,
três mudando de cidade,
dez trocando de assunto,
uma eternidade, eu e você,
caminhando junto
(P. Leminski)
tive uma idéia brilhante
foi como se eu olhasse
de dentro de um diamante
e meu olho ganhasse
mil faces num só instante
basta um instante
e você tem amor bastante
um bom poema leva anos
cinco jogando bola,
mais cinco estudando sânscrito,
seis carregando pedra,
nove namorando a vizinha,
sete levando porrada,
quatro andando sozinho,
três mudando de cidade,
dez trocando de assunto,
uma eternidade, eu e você,
caminhando junto
(P. Leminski)
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
O que eu quero ser
É tudo o que eu quero
Tudo e nada mais
Eu quero ser o Moraes
Vinícius de amores
Sinceros demais
A pensar eu fico
Ouço tantas canções
Eu quero ser o Chico
Ou a Nara e seus Leões
Quero ser a Elis
Regina e querida
Cantando com o Tom
Feliz da vida
Quero ser o drummond
Durante as tardes
Quero ser o Quintana
E o Mário de Andrade
Quero linhas simples
Curtas e certeiras
Quero ser o Leminski
E o Manuel Bandeira
E a Clarice Lispector
E a Cecília Meireles
Quero todos por perto
Quero ser todos eles
Ah, Eu quero tanto
Eu quero tanto isto:
Olhar os lírios do campo
Que viu o Érico Veríssimo
Tais e quais
O que eu quero ser
É tudo o que eu quero
Tudo e nada mais.Lua
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Rua dos desesperados
Amanhã é sim outro dia
Mas é numa dessas noites
(Dessas noites vazias
Onde o amanhã nada vale)
Jamais amanheceria...
Durante estas longas horas
que passam, propositalmente
e cruelmente devagar
Eu comparo a minha mente
Àquela rua sem placa
Sem postes iluminados
Sem o som dos sapatos
Sem alma pra assombrar:
Rua dos desesperados.
Mas é numa dessas noites
(Dessas noites vazias
Onde o amanhã nada vale)
Jamais amanheceria...
Durante estas longas horas
que passam, propositalmente
e cruelmente devagar
Eu comparo a minha mente
Àquela rua sem placa
Sem postes iluminados
Sem o som dos sapatos
Sem alma pra assombrar:
Rua dos desesperados.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
As Flores regadas de amor
Quatro pés descalços no chão
Folhas dançam ao vento, ao invés
De grito, a canção
Com alguns anos, mais alguns pés
Virão pra brincar, mais outros virão
Serão mais roupas no varal
de Maria, Sofia e João
A manhã cheira a café e pão
E a tarde me lembra o aniz
À noite tudo descansa no sofá
Mais um dia feliz
O sol nasceu no mar
Como nascem lírios no chão
Crescem os pés, as mãos, os filhos
Já não cabem no mesmo colchão
Como é linda a vida, e bela
O fim: o único mal
Tudo isso eu vi passar nela,
Na janela do meu quintal.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
domingo, 11 de janeiro de 2009
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